domingo, 22 de setembro de 2024

Mais belo com as cores que à sua paleta acrescentei

Indolores as chagas abertas em minhas entranhas

As cicatrizes, feias, insígnia na pele despelada 

O então belo           

                         caído no incosciente do meu gozo

Vá-te ligeiro a um amor que nunca mais te prometerei.

domingo, 8 de setembro de 2024

Joãozinho e Jorginho

Joãozinho e Jorginho 

o velho e o canino

despediram-se de mansinho 

do terreno ao infinito.

Seguem juntos seu caminho

na ferruginosa terra do itabirito

até as colinas, um suspiro

imagem que acalenta meu espírito.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Felicidade é paz, clareza

Sofrimento é vazio, tormenta

Tristeza é melancolia, dor de poesia

Alegria é palpitação, anestia

Sou feliz e triste.

Não sofro, mas vejo de longe a alegria.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Veloz, irreflexivo
profundamente vertiginoso
Vivemos la dolce vita
perecendo pelo gozo.

Natura que agoniza,
resignada se desfaz.
Desfaz-se ela mesma
ou eu quem logo jaz?

Avassalador o apetite
do que esse Tempo enseja.
A Terra? Não se aborreça!
Pereceremos por nós mesmos
prisioneiros que somos do desejo.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Solo

Amar-me 

Apreciar-me 

É vício 

É jardinagem 


Me tenho 

Me basto 

Acumulo 

Transbordo 

Derramo

Esparramo

Ramifico 

Apodreço


Completo

Solitário

Faltante

Amor solo é intoxicante 

sábado, 24 de agosto de 2024

Luz do anoitecer

Solitude de meu ser,

Assiste-me vanescer


Abajur da penumbra

Amarelada como há de ser,

Embala minha amargura


Raios do amanhecer

Nascer do sol,

Ontem eu quis morrer



sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Gente que inspira é outra história. Faz a mente encontrar o coração. Ah! Como é bela a pessoa encantadora! Não há o que supere a erudição.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Que sabes para guiar-me?

Mal vistes os paus dessa canoa

Não tens os remos para a correnteza

Sequer podes manter as luminárias acesas

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Inutilidade

Digo o que queria ter escrito

Demasiadas palavras pagas 

Meu alimento, meu sustento 

De carne, com proventos


Melancolia que me toma

Guardada ou dita, sem grafia

Não cabe em palavras, pois não se paga 

Minha dor apenas se narra